27/01/2023
16:39:14
O Bitcoin é a principal criptomoeda do mundo e milhares de investidores já investem em criptomoedas. Ela é uma moeda escassa, digital e que valorizou MUITO desde o seu surgimento – mas será que ainda faz sentido investir em Bitcoin? E como começar a investir?
Em 31 de outubro de 2008, um e-mail foi enviado para um grupo seleto de pessoas interessadas em criptografia.
Nesse e-mail, foi escrito que havia um novo projeto que envolvia um sistema de dinheiro eletrônico totalmente peer-to-peer (pessoa para pessoa), sem nenhuma entidade envolvida a não ser os participantes da transação.
O autor desse e-mail foi Satoshi Nakamoto, pseudônimo do criador do Bitcoin, que atualmente continua um mistério sobre quem realmente é o seu criador.
Nesse mesmo e-mail, Satoshi enviou um link para seu White Paper (Artigo na qual contém as principais propostas do criptoativo), explicando detalhadamente qual era o objetivo do Bitcoin.
Mas antes do Bitcoin, vem a rede na qual ele está alocado. É através dessa rede peer-to-peer que permite evitar o gasto duplo (quando uma mesma moeda é enviada mais de uma vez) sem nenhuma instituição central. Essa rede é o que conhecemos como Blockchain.
Na contabilidade, todos os registros em uma conta contábil são armazenados em um livro-razão.
Esse livro razão é como uma lista de toda a movimentação que teve na conta, para entender a origem do lançamento, e para onde ele está indo.
Se uma empresa quer comprar um imóvel por R$200 mil e pagar em dinheiro à vista, então o dinheiro sairá do caixa da companhia, e uma nova conta contábil é criada para representar o imóvel.
A Blockchain utiliza a mesma ideia. Através dessa rede, é possível saber tudo sobre uma transação: a quantia enviada de moedas, quem enviou, quem recebeu, quando foi feita a movimentação e onde ela está registrada.
Resumindo, a rede Blockchain é uma rede que permite mostrar todas as informações dos tipos de informações registradas na cadeia. São códigos na internet ligados em tempo real e que transmitem informações conectadas umas com as outras, como os neurônios do nosso cérebro, que são ligados por sinapses nervosas. É de onde advém o nome “Cadeia de Blocos”, sendo a tradução em português de Blockchain.
Sabe o que é mais louco de tudo isso? Não há necessidade de um servidor central, isto é, de uma entidade centralizada e que possui o controle dessa cadeia.
O Bitcoin (também chamado de BTC) é uma moeda criptografada, descentralizada e que não existe fisicamente. Além disso, é um ativo digital que não depende de uma instituição financeira, como um banco, para existir.
Ao todo, só existem 21 milhões de Bitcoins pelo mundo – muitos deles já minerados. Inclusive, estima-se que até 2140 todos os Bitcoins do mundo já sejam minerados da BlockChain.
Como existem apenas 21 milhões de Bitcoins no mundo, torna-se uma moeda cada vez mais escassa, ou seja, caso a demanda por ela aumente, o seu preço tende a subir.
Além disso, por conta de ser matematicamente impossível criar novos Bitcoins, torna-se uma moeda deflacionária com o tempo, ao contrário das moedas fiduciárias (do governo) que não exigem lastro para criação.
Para entender como o Bitcoin funciona não é fácil nem simples, principalmente para quem não está familiarizado com tecnologia, mas, com o tempo, vai se tornando algo mais usual do seu cotidiano.
Como eu disse anteriormente, os usuários da BlockChain podem enviar e receber criptomoedas sem precisar fornecer dados ou solicitar a autorização prévia de ninguém.
Ou seja, você não vai ter a sua transação cancelada ou negada pelo banco, na verdade, você é livre para transacionar os seus Bitcoin.
A unidade da moeda Bitcoin é representada pela sigla BTC, sendo que a unidade pode ser dividida em 100.000.000 partes. Assim, a menor divisão do Bitcoin equivale a 0,00000001 BTC e é chamada de SATOSHI.
A rede do Bitcoin funciona executando 3 tarefas:
Todo o mecanismo para fazer isso está conectado de forma intrínseca com a tecnologia do BlockChain.
Essa criação de novos Bitcoins se chama mineração – é o mecanismo de emissão de novos bitcoins.
Existem basicamente 3 principais formas de se investir em Bitcoin e criptomoedas, cada uma com a sua vantagem e desvantagem, cabe a você, investidor, decidir qual faz mais sentido pro seu perfil de investimentos.
Vamos para alguns deles:
Os ETFs (Exchange Traded Funds) vão te permitir investir em Bitcoin e outras criptos diretamente pela sua corretora, ou seja, pela B3.
Alguns exemplos de ETFs que representam algum índice de criptomoedas é o HASH11, BITH11, QBTC11 e o QETH11.
Cada um deles vai seguir um índice diferente e representa um conjunto diferente de criptomoedas.
Replica o Nasdaq Crypto Index (NCI)
Replica o Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price
Replica o CME CF Bitcoin Reference Rate
Replica o CME CF Ether Reference Rate
Os fundos de investimento de criptomoedas também são uma forma bem simples de se ter exposição a esse mercado.
Diferente do ETF, o fundo não vai replicar um índice, ou seja, sua gestão é ativa, e não passiva.
Nesse caso, as decisões de investimento cabem ao gestor, que tem um controle maior sobre a escolha dos ativos da carteira, acompanhando de perto as oscilações das criptomoedas e rebalanceando suas posições quando necessário.
Você pode abrir uma conta em uma corretora (exchange), como a Biscoint, e começar a investir em bitcoin e outras criptomoedas.
Se você quer saber na prática como fazer isso, assista o vídeo que eu deixei no começo do artigo onde mostro o passo a passo para investir em Bitcoin, Ether e outras criptomoedas.
Vantagens:
– Investimento inicial: o investimento inicial em ETFs, ao contrário dos fundos de investimento, geram mais acessibilidade aos investidores que tem pouco dinheiro.
– Praticidade: como os ETFs podem ser encontrados na sua corretora, se torna um investimento mais prático para o investidor
Desvantagens:
– Imposto de renda: no ganho de capital há tributação de 15% sobre o ganho líquido
– Taxa de administração: por ser um ETF de gestão passiva, você terá uma bitributação, com pagamento de imposto referente ao índice do ETF e do ETF em si no Brasil.
– Período de negociação: Ao contrário do investimento direto em Criptomoedas, que podem ser negociadas a qualquer hora, os ETFs seguem o período de negociação das bolsas, no caso da B3, das 10h às 17h de segunda a sexta.
Vantagens:
– Delegação: Você não precisa se preocupar em acompanhar o mercado de perto para comprar ou vender por conta própria.
– Gestão profissional: Além de diversificada, os fundos contém gestão ativa, ou seja, o gestor vai poder escolher o tipo de criptoativo, o que pode potencializar os ganhos.
Desvantagens:
– Taxas: Fundos de investimento geralmente vem recheados de taxas, seja taxa de administração, performance, carregamento e por aí vai.
– Investimento inicial: O investimento inicial em fundos de investimento é bem maior do que o investimentos em ETFs ou diretamente no Bitcoin ou outras criptos.
Vantagens:
– Investimento inicial: para investir em Bitcoin você não precisa comprar uma unidade inteira de Bitcoin, pode comprar os Satoshis (pequenas unidades de Bitcoin) e que ter permitem começar com pouco dinheiro
– Controle: como você é o único investidor que tem o controle sobre os ativos da sua carteira, se torna mais seguro investir em criptos. (mas, se você quer segurança mesmo, tenha um Cold/Hard Wallet)
Desvantagens:
– Praticidade: Dependendo de onde você investir sua grana, pode não ser algo tão simples como comprar um ETF, por isso, gravei um vídeo mostrando o passo a passo de como investir pela Biscoint.
Agora que você já entendeu o que é Bitcoin, BlockChain e outras criptos, tá na hora de colocar a mão na massa e começar a investir – mas lembre-se:
Respeite os princípios da diversificação, rebalanceamento e reserva de emergência.
Não coloque todo o seu dinheiro em um único ativo, rebalanceie ao menos 1 vez ao ano e não comece a investir antes de criar uma reserva de emergência 😉